01 de Julho de 2014

É invasivo “fuçar” um candidato nas redes sociais?



Muitos recrutadores têm dúvidas em relação ao limite ético de buscar os perfis de candidatos a uma vaga em redes sociais como Facebook e Twitter. Ao se questionar se este procedimento é invasivo, o ponto de partida deve ser que, de forma geral, toda informação, opinião e imagem publicada na Internet e acessível a qualquer pessoa no perfil de alguém pode ser considerada pública.

No entanto, ter bom senso é preciso. Eliminar um candidato de um processo seletivo por algo que ele publicou nas redes é um procedimento que exige cuidado, afinal, é necessário diferenciar a vida pessoal da profissional.

Facebook: use com moderação

Todo mundo está no Facebook. Inclusive você e os candidatos a uma vaga na sua empresa. Nada o impede de dar uma olhada nos perfis que estão concorrendo ao cargo para buscar uma pista em relação ao estilo de vida e até mesmo aos gostos e preferências das pessoas.

Contudo, é preciso ter em mente que aquele é um perfil pessoal e, como tal, contém imagens das pessoas em seus momentos de lazer. Uma foto do candidato tomando um chopinho com os amigos não quer dizer que a pessoa é festeira e não tem comprometimento. No entanto, um comentário racista postado por um dos concorrentes já deve ser encarado de outra forma, já que é algo grave e que diz respeito ao caráter da pessoa. Resumindo: as informações contidas na página podem até ajudá-lo a conhecer um pouco mais os concorrentes, mas devem ser usadas com sabedoria e bom senso.

Twitter ajuda a conhecer opiniões e interesses

Buscar as contas de candidatos no Twitter é uma forma de conhecer um pouco mais sobre seus interesses e opiniões acerca de assuntos diversos. O interessante em relação à rede é que você não precisa necessariamente seguir a pessoa para ter acesso às informações. Basta colocar o perfil dela e, caso seja público, ver as atualizações.

O bom senso também deve predominar aqui: as opiniões dos candidatos são pessoais. Por mais que você não concorde com algo postado, isto não quer dizer que o candidato não é adequado ao cargo que está concorrendo.

Preocupação com privacidade deve ser valorizada

Para proteger sua privacidade, muitas pessoas optam por ter seu perfil no Facebook e no Twitter restritos a amigos. Em uma época de superexposição, este é um dado que você pode levar em consideração na hora da seleção de profissionais.  Quando o assunto é ambiente corporativo, discrição é uma característica a ser valorizada.

Contudo, atualmente não é preciso que o recrutador invada a privacidade dos candidatos para avaliá-los. Há disponíveis plataformas de pré-entrevistas para avaliação de forma prática, objetiva, eficiente e assertiva dos postulantes a cargos. Ficou interessado? Então dê uma olhada no nosso serviço! Mas não se esqueça de deixar um comentário sobre o assunto discutido no nosso texto antes. Até a próxima!

Escrito por Renato Tavares